Volto, então, à velha tecla da educação ambiental infantil. Suponhamos que o assassino do filhote de girafa, a executou por ordem de um superior. Temos aí, pelo menos, dois responsáveis pelo assassinato. Se esses dois infelizes tivessem aprendido na infância que animais pensam e tem sentimentos, talvez tivessem agido de forma diferente. Caso apenas um deles tivesse tido um mínimo de educação ambiental infantil, ou a ordem não teria sido dada, ou não teria sido cumprida. Mas a vida segue e em uma semana não se falará mais no assunto.
Sem educação ambiental infantil, caso tenhamos a sorte de sobreviver e construir as naves, haverá um animal qualquer que dirá: - Deixa essa bicharada aí que a gente economiza espaço e combustível!
Se o Marius se tornar um símbolo da crueldade humana contra os animais, sua morte talvez sirva para evitar a morte de outros como ele.
Toda vida é única, é insubstituível e tão curta, que não custa muito deixá-la seguir seu curso até que se extingua naturalmente. Não é preciso matar nada, tudo acabará morrendo.
Esse aí ao lado não é o Marius mas deve ser bem parecido com o que ele foi.
