FINALMENTE, estou terminando a segunda história dos
Ecomen, "O Ataque das Superbactérias". Isto acontece 22 anos após o
término da primeira história, "Ecomen os Defensores da Terra Contra W.C.
Poluente".
RIDÍCULO! Tanto tempo para fazer apenas duas historinhas
infantis!
Pode ser...mas quem é o ridículo? Nos idos de 1992, a primeira história
com 32 páginas, feita "à mão", saiu do nada e ficou pronta em tempo
recorde. Em 60 dias tive a idéia, criei os personagens, escrevi a história e
convenci uma amiga ilustradora a trabalhar comigo sem remuneração (não havia
nem remuneração para mim). Em 60 dias, “Ecomen os Defensores da Terra Contra
W.C. Poluente”, estava pronta para ser impressa e eu já havia começado a
escrever as histórias seguintes.
OS CONTATOS feitos na época para publicar os Ecomen,
me levaram à Brahma (ainda não era AMBEV), onde conhecia algumas pessoas do
Dpto. de Mkt., que gostaram da idéia. O projeto envolvia uma promoção com o
Guaraná, no Xou da Xuxa (a Xuxa nunca deve ter ouvido falar disso) e a troca de
embalagens para reciclagem, por revistas. Seriam feitas 6 vinhetas em desenho
animado para veicular a promoção na TV.
APÓS APRESENTAR o projeto ao Mkt da Brahma, fui informado
de que haviam 5 projetos disputando a verba para a Rio92. Um tempo depois
haviam 3 projetos ainda na disputa, mais um tempo 2 e finalmente recebi a boa
notícia: seu projeto foi aprovado e na próxima semana vamos nos reunir para
assinar a proposta e começar. Maravilha!
NADA DISSO. Alguns dias depois recebi outra ligação
dizendo que a verba havia sido cortada e que eles não fariam nada para a rio
92. E não fizeram mesmo!
ENTRETANTO, não perdi o pique. Afinal o mundo havia
descoberto o ambientalismo e os ambientalistas, naquele momento, eram os
"ecochatos" com seu discurso hermético e que só encontrava
"eco" neles mesmos. Ecomen eram outra história. Educação sem parecer
educação, ambientalismo sem ser chato. Os Ecomen jamais diriam às crianças que
elas não deveriam fazer isso, ou aquilo, apenas mostrariam com exemplos, em
suas histórias, as consequências das agressões à natureza.
A PARTIR DAÍ começou a pregrinação desses 22 anos. Ao
longo desse tempo, apareceu e desapareceu o Capitão Planeta (insuportavelmente
chato e politicamente correto), li sobre um personagem na Alemanha que vendeu 5
milhões de revistas, tive notícia de outras tentativas, inclusive brasileiras e
tudo isso me incentivou na guerra pela publicação dos Ecomen.
COMO eu não era o ilustrador e a ilustradora
(após outra colaboração em algumas tirinhas), aposentou-se, os Ecomen ficaram
por muito tempo restritos à história inicial, apesar de eu nunca ter desistido,
ou deixado de tentar a sua publicação. Todas as editoras brasileiras, muitas
estrangeiras e dezenas, ou centenas de empresas foram contatadas em busca de
apoio financeiro para a publicação da história original e o desenvolvimento das
novas e só agora apareceram alguns parceiros (Ingressoverde e o portal
Aprenda.bio)
COM O DESENVOLVIMENTO da internet e das redes sociais, pude
divulgar melhor os Ecomen. Website, blog, Twitter, Facebook...só falta o canal
no You Tube que virá em breve.
NO FIM DAS CONTAS, tive que me virar e começar a desenhar,
eu mesmo, minhas histórias, além de tudo o mais ligado à divulgação. Fiz uma
“redução” da história original, para participar de um concurso da Abril (onde
foram premiados quadrinhos que nunca foram a lugar nenhum), outro da Oi e
participei mais de uma vez do Anima Serra, em Teresópolis.
FOI AÍ QUE eu percebi que dava pra encarar “O Ataque
das Superbactérias” e ir publicando as páginas no Facebook.
CONTINUO EM BUSCA de apoio financeiro mas agora sei que
posso continuar fazendo minhas HQs, so-zi-nho!!!
OUTRO INCENTIVO à continuidade é a quantidade de ONGs e
outras instituições que, hoje, vivem de apoios e patrocínios de empresas
estatais, privadas e órgãos do governo.
COMO EU IMAGINAVA há 22 anos atrás, é só uma questão de
tempo para os Ecomen se tornarem o que sempre buscaram ser: um canal de
comunicação para a educação ambiental infantil!
VEM AÍ a terceira história e muito mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário